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Pronto, mundo, a Apple lançou a tablet: satisfeito?

iPad deitado e de lado

O que poderia ter sido o fim de uma espera épica parece ter se tornado o começo de uma batalha mais épica ainda. As opiniões, no momento, estão divididas: há quem tenha se decepcionado imensamente com o iPad, há quem o veja como uma promessa para um futuro brilhante (mas _ninguém_ morreu de amores por ele, até onde vi). Confira abaixo um apanhado de opiniões sobre o mais novo gadget apresentado pela Apple:

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  • Walt Mossberg, AllThingsD: “Tem a ver com o software, estúpido.” É assim que o colunista do The Wall Street Journal abre o artigo em que opina sobre o iPad. Para Mossberg, não cabe comparar o gadget diretamente com um netbook, pois, enquanto este é “um notebook pequeno e barato”, o iPad entra numa categoria nova de produto. Ele elogiou o acabamento dos apps redesenhados para tirar proveito da tela maior e citou Jobs, que teria descrito a nova interface como “uma expressão completa do que é limitado pela tela pequena do iPhone”. Por fim, o colunista elogiou o preço e a autonomia da bateria, mas criticou a falta de uma câmera frontal, o tamanho do aparelho e a parceria com a AT&T.
  • David Pogue, The New York Times: Valendo-se de seu estilo irreverente, Pogue dividiu o processo de lançamento de um produto da Apple em três fases. A primeira, quando os rumores afloram, já passou. A segunda etapa começa agora, quando todo mundo vai encontrar defeitos e dizer que odeia o gadget. Na terceira fase, os reviews positivos vão aparecer, haverá filas para comprar o aparelho e quem tanto o criticou vai sumir do mapa. Pogue comparou a aparência do iPad com a de um iPod touch, mas disse que limitar-se a uma associação deste tipo para o gadget como um todo não faz jus às possibilidades que ele traz. O colunista adicionou que a tela é um sonho para consumir conteúdo, e não para criá-lo. Por fim, ele deixa uma mensagem de cautela para fanboys e detratores, dizendo que “ainda é cedo demais para tirar qualquer conclusão”.


  • Engadget: Num extenso editorial publicado na quarta-feira, todos os integrantes do Engadget opinaram sobre o iPad, ainda que apenas três deles tenham tido chance de mexer no produto pessoalmente. Condensando todas as variadas (14) opiniões expostas, podemos dizer no geral que o iPad não impressionou agora — mas que pode vir a se tornar algo que valha a compra.
  • Adam Frucci, Gizmodo: Um post que começou como “8 Coisas que não Prestam no iPad” virou 11 coisas (e pode crescer ainda mais). As críticas principais são em relação à grande borda preta, ausência de multi-tarefa, saída HDMI, câmera, o teclado virtual, o nome, a ausência de suporte a Flash e à rede 3G da T-Mobile, a proporção da tela e o fato de ser um sistema fechado.
  • David Coursey, PC World: Comparou o iPad ao Nexus One, chamando ambos de DOA (disappointment on arrival, ou “desapontamento ao chegar”), mas adicionando que o Google poderá recuperar-se do primeiro fiasco, algo que não acontecerá à Apple. Ele ressalta que o gadget não permite que façamos nada que não podíamos antes, e critica a tela por não ser widescreen. Criticou ainda o preço do modelo mais básico (US$500), dizendo que os 16GB disponíveis não são o bastante para quem quiser levar muitos vídeos consigo. Finaliza dizendo que “Produtos novos não deveriam ser mais bem quistos antes do lançamento.”

  • Molly Wood, CNET News: A colunista começa ressaltando todas as desvantagens já amplamente discutidas em vários veículos da internet, dando destaque à ausência de Flash e à parceria com a AT&T, emendando que o preço do gadget pode colidir com o do iPod touch de 64GB, o que tornaria o iPad um escolha ruim. Wood emenda ressaltando que adquirir a primeira geração do gadget provavelmente acabará em decepção e remorso, mas prevê que há chances de o futuro ser bem mais promissor, quando revistas e jornais poderão entregar experiências ricas em multimídia. Por ora, o iPad precisa encontrar seu mercado, por ter poucos recursos e não ser bem direcionado — Wood recomenda até que a Apple pare de dizer que o gadget é melhor que um netbook, ou até de posicioná-lo entre um smartphone e um laptop (“isso não faz sentido pra ninguém, e ninguém precisa disso”). No fim, ela recomenda que o iPad seja pensado como um “substituto para o papel”, principalmente se contar com uma das telas da Pixel Qi no futuro.
  • Paul Boutin, VentureBeat: Acredita que o gadget é “incrível”, mas recomendou cautela aos que estiverem decididos pela compra, citando cinco razões para não adquirir o iPad (as de sempre: falta de multi-tarefa, webcam, aspecto 16:9 e Flash, além de ter uma tela com iluminação traseira, o que prejudicaria seu desempenho como eReader).
  • Joe Hewitt: O desenvolvedor responsável pela aclamada versão 3.0 do app Facebook entusiasmou-se com as possibilidades que o iPad abre e disse que “este é o produto com que sempre sonhei, desde que pensei com cuidado no iPhone e suas limitações.” O Hewitt adicionou que os usuários decepcionados pelo lançamento apenas não estão conseguindo entender o quanto ainda é possível explorar no iPhone OS. O problema do “sistema fechado” em que a Apple age como “porteira”, por exemplo, é encarado por ele como algo menor, tendo em vista que um desenvolvedor pode criar livremente um web app sem se preocupar com processos de aprovação. [via The iPhone Blog]

  • Defective by Design: Este não vem como uma surpresa. Mais um gadget da Apple entrou para a lista negra dos apoiadores de software e conteúdo livres, sob a alegação de que o DRM presente no iPad servirá para servir aos fins escusos dos parceiros corporativos da Maçã.
  • Satoru Iwata, Nintendo: Questionado sobre o lançamento, o presidente da gigante de games descreveu o iPad como “um iPod touch maior”, declarando que o produto “não foi nenhuma surpresa”.
  • Brandon Watson, Microsoft: Em entrevista ao Technologizer, o diretor de gerenciamento de produtos da plataforma de desenvolvimento da gigante de Redmond descreveu o iPad como sendo “um aparelho fechado”. “É um mundo de comédia o quanto a Microsoft é mais aberta que a Apple”, disse, tendo adicionado ainda que as plataformas de Redmond permitem que os desenvolvedores criem o que quiserem e, usando os mesmos recursos-chave, abranjam um grande leque de aparelhos eletrônicos. Watson criticou ainda a linguagem de programação do iPhone SDK e alegou que muitos desenvolvedores de apps para o smartphone da Apple não estariam tendo lucro.

Pelo visto, todo mundo concorda de duas maneiras: quem queria um completo substituto para os laptops reclama sempre dos mesmos problemas (faltam x, y, z), e quem não detona completamente o iPad apenas o vê como algo que poderá ser importante, mas que, no momento, não é suficientemente bom em nada.

Agora, qual é a minha opinião? Acho que você já sabe. 😉

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