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Criminoso explica como usava código de acesso do iPhone para roubar vítimas

DVKi / Shutterstock.com
Código de acesso do iPhone

No início da semana passada, depois de muitos pedidos, a Apple finalmente apresentou um recurso para coibir o roubo de iPhones e impedir que bandidos façam a festa com os celulares das suas vítimas caso tomem conhecimento do seu código de acesso — o qual, como já explicamos aqui, dá vários poderes até mesmo sobre o ID Apple de uma pessoa.

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Por mais bem-vinda que essa novidade seja, a verdade é que ela demorou bastante para chegar ao iOS (na verdade ainda nem chegou, pois está em fase beta) e, nesse meio-tempo, muita gente teve seus iPhones invadidos — até mesmo suas contas bancárias zeradas após terem sido vítimas de algum ladrão.

Para confirmar o tamanho desse problema, o Wall Street Journal entrevistou recentemente um ladrão confesso de smartphones que teria surrupiado até US$2 milhões das contas de vítimas, segundo o próprio criminoso. A grande maioria delas, como você já deve ter suspeitado, eram donas de smartphones da Apple.

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Essa preferência pelos iPhones, de acordo com Aaron Johnson, que atualmente está cumprindo pena em uma penitenciária dos Estados Unidos, se dava justamente pelo quão longe você pode chegar caso descubra o código de acesso de uma pessoa. Para ele, essa credencial, projetada originalmente para proteger o usuário, “pode ser o verdadeiro diabo” às vezes.

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O entrevistado disse que começou a roubar iPhones porque estava morando na rua e não conseguia arranjar um emprego, além de ter filhos para cuidar. Seu alvo preferido eram homens universitários, os quais podem ser encontrados bêbados com certa facilidade em bares durante a noite/madrugada.

Seu truque consistia basicamente em abordar esses estudantes e convencê-los de que ele era um rapper e que queria adicioná-los no Snapchat. Depois disso, ele pedia o iPhone das vítimas emprestado para “passar o seu nome de usuário” e dizia que aparelho estava bloqueado — e é justamente aí que as vítimas acabavam falando o seu código de acesso em voz alta.

Eu digo: “Ei, seu telefone está bloqueado. Qual é a senha?”. Eles dizem, “2-3-4-5-6”, ou algo assim. E então eu só me lembro disso [do código de acesso].

Uma vez com o código de acesso memorizado, Johnson então dava um jeito de sair do lugar onde estava com o iPhone da vítima — geralmente com a ajuda de comparsas. Caso tudo saísse como o planejado, ele usava o código de acesso para trocar a senha do ID Apple da vítima, desconectar o aparelho da rede Buscar (Find My) e cadastrar seu próprio rosto/digital no Face ID/Touch ID.

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Ainda de acordo com Johnson, ele conseguia roubar até 30 iPhones em um único final de semana e lucrar até US$20 mil de uma só vez ao utilizar o dinheiro das vítimas para realizar compras em uma série de estabelecimentos, muitas vezes via Apple Pay. Depois que o dinheiro se esgotava, o smartphone era então finalmente vendido.

De acordo com a polícia, o entrevistado e seus comparsas teriam roubado algo em torno de US$300 mil. Ele, entretanto, fala sobre cifras bem mais altas, com os números girando em torno de US$1 milhão e US$2 milhões.

Tudo isso, é claro, aconteceu bem antes de a Apple introduzir o Stolen Device Protection (algo como “Proteção de Dispositivo Roubado”) na beta do iOS 17.3. Mesmo assim, como aconselhado pelo próprio Johnson, o mais sábio é obviamente nunca fornecer o seu código de acesso para ninguém.

via AppleInsider

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