Temos mais imagens dos novos notebooks da Apple, agora by MacMagazine. A primeira impressão que eles dão? Que todos os “poréns” são uma grande bobagem, e que realmente essas máquinas são uma revolução digna de estampar a maçã de Cupertino.
Depois, a emoção dá um pouco de lugar à razão, o que permite avaliar melhor os produtos lançados na última terça-feira. Ainda não houve tempo para testes com programas e comparações de desempenho “a olho nu”, mas já deu para se ter uma idéia do brinquedo. Comecemos pela caixa, pequena, sutil, que agrada aos olhos de qualquer um.
O interior do pacote já não é surpresa. Ainda assim, vale notar a simplicidade e… a falta de acessórios. Também pode-se dizer que tirar a caixinha de manuais e DVDs de instalação não é algo muito agradável. Há uma lingüeta para levantar o MacBook, como no caso do Air, mas a pequena caixa negra só se retira com unha, algum acessório fino, ou amassando um pouco a borda e tentando puxar. Este último método não é recomendado para os mais fanáticos: pode causar depressão pós-amasso.
Já aberto, temos o detalhe dos alto-falantes e seus minúsculos furos (no caso da versão Pro de 15 polegadas), a moldura negra que combinou perfeitamente com o alumínio da carcaça, e a precisão da moldagem de toda a peça, com curvas ainda mais bonitas ao vivo do que nas fotos. Fechado, aparenta ser mais fino do que realmente é. A diferença de peso com os modelos anteriores não é facilmente notada, mas alguns segundos comparando e, sim, parece que a dieta surtiu efeito.
Em relação ao trackpad, demorei para lembrar que ele é feito de vidro. Na verdade, ainda não acredito muito, a não ser por um fraco reflexo que se vê com alguns segundos de muita concentração em algum ponto dessa parte do notebook. Em outras palavras: não se nota. Ao usá-lo, um primeiro instinto acaba acionando o polegar em qualquer clique que se queira fazer. Entretanto, como toda essa superfície seria um botão, o dedo oficial para cliques acaba sendo o mesmo que move a seta na tela.
Mas atenção: o trackpad deve ser pulsado da sua metade para baixo, porque seu ponto de apoio se encontra na parte superior, mostrando que o botão do clique continua onde sempre esteve. Apenas a cobertura mudou para uma estrutura única. É como se a área plana “girasse” em torno da borda superior, como uma alavanca, em um movimento mínimo. Para quem gosta de Física, basta lembrar do Momento de Força.
E para terminar, as críticas ao monitor glossy. Bom, críticas… Os dois MacBooks são tão bem elaborados que a tentação para esquecer deste quesito é imensa. Mas é impossível não notar o espelho de dar inveja à Swarovski. Olhando de frente com imagens claras, as cores são vivas e quase não se nota o reflexo; basta aparecer algo um pouco mais escuro para conseguir-se o mesmo efeito dos monitores de vidro do iMac. Se a visão é lateral, a coisa se complica um pouco mais.
Sem contar que colocá-lo voltado para uma janela ou área exterior atrapalha bastante, e qualquer incidência de luz menos favorecida vai acabar com a alegria de alguns usuários. Quem precisar de fidelidade de cores, terá que buscar uma posição estratégica no estúdio ou escritório para não perder o prazer que é utilizar quaisquer dos novos MacBooks. Pode até ser uma questão de costume, porém quem conhece os monitores matte e sua versatilidade em relação a luzes precisará de um pouco mais de tempo.
Esquecendo um pouco o monitor, termino com o teclado, algo que nunca me agradou tanto nos antigos MacBooks, devido ao conforto que é escrever em um MacBook Pro anterior ao de outubro. Ainda assim, acho que já começo a mudar de idéia, pois a sensação de qualidade de material das novas teclas negras fica clara com o primeiro toque. As antigas, em determinados momentos de uma digitação rápida, deixam a impressão de que podem quebrar-se com alguma facilidade, mesmo com sua suavidade e pouco ruído.
Não pude avaliar se essas máquinas esquentam tanto a ponto de incomodar o usuário, ou se isso já pertence ao passado. Sinceramente, quem quiser um MacBook novo deve pensar friamente se a conexão FireWire é realmente necessária, se o monitor brilhante não pode ser “superado” ao conectar uma tela LCD matte externa de mais polegadas ou com uma posição diferente no local de uso, e se o desempenho do novo chip gráfico pode ser determinante na hora de decidir entre o modelo básico (com claras vantagens frente aos MacBooks brancos e negros) e o Pro.
Mesmo sem ter (ainda) o Fatality da 9600M GT sobre a 8600M GT.