Hoje cedo, comentamos que a Apple estaria rejeitando jogos criados com Unity na App Store, mas um assunto paralelo que correu por aí durante o dia pode vir a explicar muito disso. Aparentemente, a Apple implementou recentemente um sistema automatizado de varredura de binários no processo de aprovação de apps, que impede o uso de APIs privadas por parte de desenvolvedores terceirizados.
A confirmação veio por um tweet de John Gruber, do famoso blog Daring Fireball. Evidentemente que, se isso é algo que incomoda tanto a Apple, um software de checagem automatizado e bastante complexo deve tranquilizá-la bastante e cortará um tempo imenso antes dispendido na procura manual por esse tipo de coisa.
Um caso clássico de uso de API privada veio à tona há quase um ano, no lançamento do Google Mobile App. Naquele caso específico, a Apple preferiu fazer vista grossa, já que nem era preciso muito para descobrir o fato: a busca por voz do aplicativo funciona aproximando o iPhone do rosto, funcionalidade esta não disponível para qualquer um.
Não há por que sermos ingênuos negando o desejo da Apple de manter certos aspectos do sistema exclusivo para si própria, mas há o lado justificável desta prática: preocupações com segurança e estabilidade, principalmente, já que ela costuma trabalhar em testes com APIs privadas e, quando decide que é a hora, aí sim as torna públicas e documentadas no iPhone SDK.
Resta saber se, com esta novidade, a Apple continuará flexibilizando aqui e ali para certos desenvolvedores ou se toda e qualquer chamada de API privada, daqui em diante, será suficiente para o aplicativo receber um sinal vermelho do time de aprovações da App Store. Isso, de fato, não seria nada agradável.
[via Gizmodo]