Analistas de várias empresas divulgaram opiniões diversas acerca dos vários anúncios feitos na keynote de ontem, na qual foram apresentados vários novos produtos: iPods shuffle, nano e touch revisados, a versão 10 do iTunes, acompanhada de uma rede social própria e, claro, o novo Apple TV focado em aluguéis.
- Shaw Wu, da Kaufman Bros.: não ficou impressionado com o novo Apple TV, considerando-o ainda um rascunho, apontando a falta de apps como causa para o desapontamento — por usar o processador A4 presente em outros gadgets com iOS, porém, Wu acha que deverá ser fácil implementar uma TV App Store no futuro. Ele ainda chamou a rede social Ping de “intrigante” e crê que ela fará sucesso, por tornar mais simples a tarefa de acompanhar artistas — em vez de usar YouTube, MySpace, Facebook e Twitter, todos se concentram apenas na Ping.
- Gene Munster, da Piper Jaffray: vê o novo set-top box da Maçã como um passo na direção certa, com previsão de 400 mil unidades vendidas neste ano e 1,5 milhão em 2011. Apesar do otimismo, ele nota que o gadget ainda oferece pouco conteúdo. E não foi desta vez que seu sonho se realizou.
- Yair Reiner, da Oppenheimer: aposta no sucesso do AirPlay como elemento fundamental para o iOS dominar a sala de estar, vendo a integração entre iPhones, iPods touch, iPads e Apple TVs como uma forma de garantir a presença num terreno que pode vir a ser disputado com o Google. Reiner acredita que o iPod touch deixou de ser um mero reprodutor de mídia e jogos para tornar-se uma máquina verdadeiramente social, além de considerar o nano 6G uma das melhores razões para trocar de iPod em anos.
- Brian Marshall, da Gleacher & Company: ficou um pouco desapontado com a ausência de apps no Apple TV, mas concorda com a Maçã no fato de que o futuro está nos aluguéis, e não na posse. Marshall vê a Ping como um bom catalisador para a compra de conteúdo no ecossistema da Apple e considera os 160 milhões de contas com cartões de crédito associados um bom ponto de partida. O analista aposta ainda que o lançamento internacional do iPhone 4 será o fator mais decisivo para a Apple nos próximos 12 meses e que 70% da renda da Maçã virá das linhas de smartphones e tablets.
- Charlie Wolf, da Needham Research: acredita que a estrela do evento foi o iPod touch e que o Apple TV, mesmo tendo seu preço drasticamente reduzido, continuará como um produto de nicho. Seu preço-alvo para a AAPL continua sendo US$375, com recomendação de compra.
- Katy Huberty, da Morgan Stanley: acredita que o Apple TV mais barato e com conteúdo mais acessível poderá finalmente fazer o produto sair da seara dos early adopters e cair no gosto das massas.
- Mike Abramsky, da RBC: as mudanças do Apple TV deverão estimular vendas a curto prazo, mas o set-top box continuará sendo um hobby, dada a limitação dos conteúdos disponíveis. Apesar disso, pode ser que, com o tempo, o produto cresça em importância, mas a Apple vai precisar primeiro vender muitas unidades para tornar o Apple TV verdadeiramente significativo em sua folha de lucros.
No momento do fechamento deste post, a NASDAQ:AAPL operava em leve alta de 0,26%, sendo cotada a US$250,95 — uma alta acumulada de 3,19%, desde ontem pela manhã.
[via AppleInsider, Fortune Tech]