Cerca de um ano após publicar um polêmico artigo sobre as perigosas e degradantes condições de trabalho nas fábricas da Foxconn na China, o jornal The New York Times reacompanhou o caso e apresentou algumas evidências de melhorias.
Segundo o novo artigo, um encontro entre altos executivos da Apple e da firma taiwanesa resultou em promessas de mudanças nos turnos de trabalho e em aumentos salariais já para o próximo ano. Outras mudanças incluem melhorias de segurança e conforto nas fábricas, incluindo novas cadeiras e recursos de desligamento automático para as máquinas.
O artigo é prefaciado por um assustador relato de uma funcionária da Foxconn chamada Pu Xiaolan. Segundo ela, as antigas cadeiras de plástico nas quais ficava sentada não possuíam encosto, o que gerava problemas na coluna que mal lhe permitiam dormir à noite. Após duas trocas, atualmente ela trabalha em uma cadeira de madeira, com encosto alto, gerando uma significativa melhoria do conforto.
De acordo com um executivo da Apple, os dias de globalização fácil acabaram. “Sabemos até onde temos que entrar agora”, afirmou ele. Mesmo com essas mudanças, o grosso do problema persiste. Vários trabalhadores ainda têm jornadas de trabalho ilegais e altos riscos em seus ambientes de trabalho.
Se todas as companhias agissem da forma que a Apple tem agido, a mudança possivelmente seria bem maior e mais rápida. Vale ressaltar que a firma de Cupertino mantém um relatório chamado “Responsabilidade de Fornecedores – Direitos Humanos e Trabalhistas”, o qual apresenta importantes informações sobre sua cadeia de fornecedores e seus mais de 1 milhão de trabalhadores monitorados.
[via CNET]