Ontem, ao subir no palco do Guggenheim Museum (Nova York), Phil Schiller comentou as dificuldades (velhas e novas) que o mercado educacional enfrenta. E, como educação está no DNA da Apple (palavras do executivo), a empresa quis fazer a sua parte, focando em apenas um (porém grave) problema: o engajamento de estudantes. Para isso, introduziu o que parece ser o livro didático do século XXI. Na teoria, lindo; mas e na prática?
Uma das parceiras da Apple no projeto, a Houghton Mifflin Harcourt, realizou um programa piloto no qual um “livro didático” de álgebra foi utilizado no aprendizado diário da escola Amelia Earhart (Califórnia). O projeto, com duração de um ano, focou-se em alunos do Ensino Médio — resultado: 78% dos estudantes que usaram iPads foram classificados como “avançado”. Entre alunos que utilizaram livros de papel, o número caiu para 58%.
Professores declararam que a motivação e a interatividade dos estudantes de fato aumentaram ao utilizar a tablet da Apple, o que, consequentemente, contribuiu para o sucesso deles no estudo. Os alunos afirmaram ainda que a experiência de estudar com um iPad é mais natural, colocando-os no comando de sua própria aprendizagem.
Vale notar que os livros usados na pesquisa *não* são os mesmos que foram revelados ontem. Tratam-se de apps desenvolvidos pela HMH Fuse, disponíveis na App Store pelo preço de US$60 — valor bem mais alto que o teto imposto pela Apple para os novos livros didáticos, que é de US$15.
Curiosamente, a HMH foi a única editora parceira da Apple que ainda não lançou um livro didático na iBookstore. Contudo, a empresa muito provavelmente está trabalhando na transição de seus livros/apps para o novo formato apresentado pela Maçã.
[via MacRumors]