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Teste de resistência com a tela do Galaxy Z Flip

Surpresa, surpresa: vidro dobrável do Galaxy Z Flip não é exatamente vidro [atualizado 2x]

Vitória das leis da Física, derrota para os consumidores

Na última semana, a Samsung atraiu para si todos os holofotes da imprensa tecnológica com seus grandes lançamentos para 2020: além da nova linha flagship do Galaxy S20, a gigante sul-coreana apresentou também o Galaxy Z Flip, sua segunda tentativa na construção de um aparelho dobrável — a primeira, o Galaxy Fold, teve lá sua boa dose de problemas nos seus primeiros meses de existência.

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Dentre as várias novidades pensadas pela Samsung para o Galaxy Z Flip, uma chamou a atenção: de acordo com a fabricante, o aparelho seria o primeiro smartphone dobrável com uma tela de vidro. Isso, claro, deixou muita gente encucada: como bem se sabe, vidro é um material rígido, que, se dobrado, quebra imediatamente — teria a sul-coreana, portanto, encontrado a solução para desafiar as leis da Física? Bom… aparentemente não.

O YouTuber Zack Nelson, do canal JerryRigEverything, pôs as mãos em um exemplar do Galaxy Z Flip e realizou no pobre aparelho os seus testes usuais de resistência, queimando, entortando e riscando o dispositivo de todas as formas possíveis e imagináveis. Mais importante aqui, entretanto, é notar a superfície da tela do Z Flip — que deveria ser de vidro, mas se parece muito mais com plástico (como em todos os aparelhos dobráveis existentes).

YouTube video

Como é possível ver no vídeo acima, a superfície interna do aparelho fica marcada até mesmo com a unha de Nelson — coisa que obviamente não acontece com vidro, e sim com plástico. O YouTuber especulou que a Samsung esteja chamando de “vidro” um material plástico que contenha algumas partículas de vidro na mistura; outros internautas sugeriram, no Twitter e no Reddit, que as marcas vistas no vídeo são somente na camada protetiva superior do aparelho, e que o vidro (que estaria embaixo dela) estaria protegido.

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De uma forma ou de outra, convenhamos, a situação não é lá muito elegante para o lado da Samsung. Como notou o próprio Nelson, se a fabricante anuncia um aparelho com “tela de vidro”, os consumidores esperam receber os benefícios e as características do vidro, não de qualquer outro material.

A sul-coreana ainda não se pronunciou sobre a polêmica — ou seja, por enquanto, continuamos no escuro sem saber se o vidro deles realmente é vidro. Acompanhemos.

via The Verge

Atualização, por Rafael Fischmann 18/02/2020 às 07:20

O The Verge atualizou a matéria original com um pronunciamento que recebeu da Samsung:

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O Galaxy Z Flip vem com um Infinity Flex Display com o Vidro Ultra Fino (Ultra Thin Glass, ou UTG) da Samsung para proporcionar um visual elegante e premium, oferecendo uma experiência de visualização imersiva.

A tecnologia UTG pioneira da Samsung é diferente de outros dispositivos Galaxy flagships. Enquanto a tela de fato dobra, ela deve ser lidada com cuidado. Além disso, o Galaxy Z Flip tem uma camada protetora acima do UTG tal como o Galaxy Fold.

Bem, se há um vidro abaixo da tal película protetora, eu não sei como o Nelson conseguiu facilmente perfurar tanto a película quanto o vidro e matar vários pixels do display.

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Ademais, de que adianta uma película protetora que por si só é tão frágil e que não pode ser facilmente removida e substituída pelo usuário? Nos Estados Unidos, o custo para reparo da tela será, segundo o Gadgets 360, de US$500.

E já começam, também, a aparecer casos como esse:

Mas nada disso surpreende muito, né? Todos sabemos que esses produtos nada mais são do que protótipos colocados à venda no mercado.

Atualização II 18/02/2020 às 19:01

Depois da resposta da Samsung, Zack Nelson publicou a segunda parte dos testes com o Galaxy Z Flip — desta vez, desmontando inteiramente o aparelho e procurando por vestígios de vidro na tela.

YouTube video

E, vejam só: de fato, o painel do smartphone conta com uma camada microscópica de vidro por debaixo da camada protetiva, de plástico — tão fina que pode ser dobrada, e pode ser facilmente “rasgada” por uma pinça de ponta fina.

Como notou o YouTuber, entretanto, os consumidores que colocarem as mãos no Z Flip não terão os benefícios do vidro na ponta dos seus dedos: a camada protetiva de plástico não é removível e, se você tentar tirá-la na base da força bruta, a tela morrerá imediatamente. Ou seja: o plástico é parte componente do display, e é a parte que os compradores do Z Flip tocarão quando manusearem o aparelho.

O vidro pode estar lá por outras funções (rigidez estrutural aprimorada, por exemplo), mas não para ser a superfície da tela sensível ao toque. Se isso é justificável ou não de um ponto de vista do marketing, é discutível.

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