Recentemente, a Apple atualizou os termos da App Store e passou a permitir aplicativos de entrega e venda de maconha — com algumas restrições, claro. A mudança, aplicada no dia 7 de junho, foi descoberta pelo iPhone in Canada Blog.
A primeira restrição diz que qualquer um desses aplicativos deve ser georestrito a jurisdições onde a cannabis é legalizada. Já a segunda estabelece que todos os apps devem ser enviados por uma empresa/entidade legalizada que forneça esses serviços, e não por um desenvolvedor individual.
Anteriormente, aplicativos que incentivassem a compra ou uso dessas substâncias não eram permitidos. Agora, os termos da App Store dizem:
Aplicativos que incentivam o consumo de produtos de tabaco e vapor, drogas ilegais ou quantidades excessivas de álcool não são permitidos na App Store. Aplicativos que incentivam menores a consumir qualquer uma dessas substâncias serão rejeitados. Facilitar a venda de substâncias controladas (exceto para farmácias licenciadas e dispensários de cannabis licenciados ou legais) ou tabaco não é permitido.
O Google, entretanto, continua não permitindo que esses tipos de apps sejam disponibilizados no Google Play – aplicativos que facilitam a venda de produtos contendo THC (tetrahidrocanabinol), incluindo produtos como óleos CBD, também são proibidos.
Em 2019, a empresa disse: “Não permitimos aplicativos que facilitem a venda de maconha ou produtos de maconha, independentemente da legalidade.”
Chris Vaughn, CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Emjay, serviço de entrega de cannabis na Califórnia, acredita que a atitude da Apple foi influenciada pelos recentes movimentos de legalização em estados como Nova York. Ele acredita que o Google se juntará rapidamente à Apple nessa política.
Essa é, portanto, uma atitude um tanto quanto incomum por parte da Apple, mas uma boa notícia para muitos. Conforme cada vez mais locais legalizam o uso da maconha medicinal, é de se esperar que a relação das gigantes com empresas do setor seja suavizada.
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.