Agora que o Mac Studio e o Studio Display já estão entre nós, é claro que os executivos da Apple começaram a “turnê de imprensa” para falar sobre as novas criações da empresa e dar alguns detalhes sobre o processo de design e produção dos novos computador e monitor.
Ontem, a revista GQ sentou-se com Kate Bergeron, vice-presidente de engenharia de hardware da Maçã, e Colleen Novielli, gerente sênior de marketing de produto, para ouvir algumas histórias sobre os novos produtos cupertinianos.
Bergeron colocou o Mac Studio na mesma “linhagem” do PowerBook G4, de 2003, primeiro produto no qual ela trabalhou na Apple. Os dois dispositivos se unem, segundo a engenheira, no sentido de que ambos receberam “basicamente todas as novas invenções do momento” num pacote relativamente diminuto e portátil. Ela admite que essa missão, de fazer computadores superpoderosos e dar aos profissionais os recursos necessários para todos os tipos de trabalhos, “pode ser bem esmagadora”.
A reportagem toca também nas semelhanças visuais entre o Mac Studio e o Mac mini original, de 2005. A diferença é que, em 17 anos, a Apple dispensou o processo que exigia o topo e a parte de baixo em policarbonato — com as máquinas de fresagem mais modernas, a empresa é capaz de criar uma peça única (o famigerado unibody) de alumínio, seguindo a linguagem visual recente dos produtos da Maçã.
Se o Mac Studio é um “irmão maior” do Mac mini, o Studio Display claramente tem ligações de sangue com o iMac — ou, mais precisamente, com os novos iMacs, que dispensam de vez a traseira curva e adotam uma placa reta de alumínio. Segundo a entrevista, esse modelo de produção é muito mais sustentável e gasta menos material, uma vez que o metal não precisa ser dobrado e entalhado em diversos ângulos para constituir a peça curva de outrora.
Outro ponto importante da engenharia do novo Studio Display está no seu conjunto de seis alto-falantes. Segundo Bergeron, os componentes exigiram uma tecnologia muito mais complexa do que se imagina para que o monitor não se transformasse numa máquina vibratória quando estivesse reproduzindo sons:
Você poderia dizer “vamos colocar esses alto-falantes no volume 11 e torná-los bem altos com graves ricos e preenchedores”. Mas se você faz isso numa base muito rígida, você cria um monitor que começa a tremer na mesa. Por isso, nossos especialistas na equipe de áudio usaram uma tecnologia chamada “cancelamento reverso de força”, que contrabalança os alto-falantes — assim, quando eles vibram, o conjunto permanece incrivelmente estável e silencioso.
Nada mau, hein?
via iMore