No mês passado, falamos aqui sobre as vendas aquém do esperado de jogos AAA no iPhone, o que inclui títulos como Resident Evil Village, o remake de Resident Evil 4 e, mais recentemente, Assassin’s Creed Mirage. Com o lançamento de Resident Evil 7 biohazard para os smartphones da Maçã no início de julho, porém, as coisas parecem ter atingido o fundo do poço.
Digo isso porque, segundo dados da AppMagic divulgados pelo Mobilegamer.biz, o mais recente jogo da famosa franquia de survival horror a ganhar uma versão para iPhone teria vendido menos de 2.000 cópias na App Store — número praticamente insignificante para um game desse porte.
Para se ter uma ideia, esse número equivale a cerca de US$28.140 em receita — isso sem contar a taxa de 30% que a Maçã cobra de desenvolvedores na sua loja de aplicativos —, o que muito provavelmente não paga o valor gasto pela CAPCOM para levar Resident Evil 7 biohazard ao iOS (o game também ganhou versões para iPadOS e macOS, vale notar).
Ainda de acordo com as informações, o game até chegou a ser baixado cerca de 83.000 vezes no iPhone, mas isso porque ele conta com uma demonstração que permite aos jogadores terem um gostinho do que esperar da campanha. Para desbloquear o resto da experiência, é preciso pagar uma taxa de US$20 (R$98, no Brasil), o que não inclui o pacote de expansão, o qual traz conteúdos extras e sai por outros US$20/R$98.
Como apontado também pelo próprio Mobilegamer.biz, o mais provável é que a Apple tenha algum tipo de acordo com as desenvolvedoras desses games AAA para lança-los em suas plataformas, o qual muito provavelmente envolve o pagamento de uma quantia em dinheiro. Do contrário, esses lançamentos não fariam muito sentido do ponto de vista dos negócios.
Mais uma vez, o site apontou que jogos de sucesso no mundo do mobile geralmente são títulos indie com visuais e conceitos mais “diferentões”, além de contarem com preços mais convidativos. Além de caros, esses jogos AAA não rodam muito bem no iPhone, o que com certeza o torna bem menos convidativo como uma plataforma para jogos se comparado a consoles de videogame e PCs — dispositivos nos quais também é possível encontrá-los por preços bem mais interessantes.