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Bloomberg volta a insistir que China espionou os EUA com microchips

Casimiro PT / Shutterstock.com
Site com logo da Super Micro

A Bloomberg divulgou hoje uma reportagem especial1Matéria fechada para assinantes. que ressuscita a história de que a China estaria espionando empresas americanas a partir de microchips fabricados e implantados pela chinesa Super Micro.

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A história inicial, divulgada em outubro de 2018, foi no mínimo controversa, com negações generalizadas e inequívocas de todos — desde a Apple à Agência de Segurança Nacional (National Security Agency, ou NSA) dos Estados Unidos.

A repercussão foi tanta que, após investigações não apontarem a existência de microchip nenhum, a Bloomberg foi severamente condenada por falhar em fornecer evidências, sendo pressionada até mesmo a se retratar.

Fato é que a Bloomberg não só continuou insistindo na acusação, como agora está trazendo novas evidências de que a Super Micro estaria mesmo envolvida em casos de espionagem pelo governo chinês. Sim, pouco mais de dois anos após a polêmica “esfriar” e ela não mais tocar no assunto.

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Nesse sentido, a reportagem mais recente basicamente coloca a Super Micro na berlinda, com a Bloomberg fazendo um verdadeiro dossiê sobre a evolução das investigações sobre a chinesa — e colocando em xeque a dependência das fabricantes americanas da cadeia de produção chinesa.

A Super Micro é a ilustração perfeita de como as empresas americanas são suscetíveis à possível adulteração nefasta de qualquer produto que escolham fabricar na China. Esse é um exemplo do pior cenário se você não tem supervisão completa sobre onde seus dispositivos são fabricados.

Ademais, a Bloomberg afirma que, em 2018, “capturou apenas parte de uma cadeia maior de eventos” em que a Super Micro estaria envolvida, citando casos de invasão e falhas em sistemas de órgãos governamentais americanos e de empresas como a Intel.

Em resposta à Bloomberg, a Super Micro disse que “nunca foi contatada pelo governo dos EUA sobre essas alegadas investigações”. A empresa disse, ainda, que a Bloomberg reuniu “uma mistura de alegações díspares e imprecisas” que “tira conclusões rebuscadas”:

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Apesar das alegações da Bloomberg sobre supostas investigações cibernéticas ou de segurança nacional que datam de dez anos atrás, a Super Micro nunca foi contatada pelo governo dos EUA ou por qualquer um de nossos parceiros ou clientes sobre essas alegadas investigações. A Bloomberg não produziu conclusões a partir dessas alegadas investigações. Nem a Bloomberg pôde nos confirmar se alguma suposta investigação estava em andamento. Ao contrário, várias das agências governamentais dos EUA que a Bloomberg afirma ter iniciado investigações continuam a usar nossos produtos e têm feito isso há anos.

A Apple ainda não comentou as novas alegações da Bloomberg — e provavelmente nem deverá, já que, além de não ter sido citada nessa reportagem mais recente, também já havia pressionado o veículo de comunicação a se retratar sobre a história.

Veremos quais serão os próximos capítulos disso…

Notas de rodapé

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    Matéria fechada para assinantes.

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