Um policial do condado de Miami-Dade, no estado da Flórida (Estados Unidos), foi suspenso do serviço após ser acusado de plantar um AirTag no carro da sua ex-namorada para espioná-la. De acordo com informações do Miami Herald, a vítima foi alertada da existência do acessório por um dos recursos de segurança criados pela Apple.
Ainda segundo o veículo, o patrulheiro Javier Magarin, de 27 anos, escondeu o rastreador no carro da vítima apenas algumas horas após o término do relacionamento, ocorrido em março deste ano. Mesmo já não morando mais com a ex-namorada, o oficial continuou aparecendo próximo aos locais onde ela estava (por conta do AirTag).
A vítima passou a desconfiar que estava sendo rastreada após perceber um alerta sonoro constante vindo do seu carro. Mesmo não conseguindo identificar onde o AirTag havia sido escondido, ela foi confrontar Magarin, que negou ter colocado um rastreador no veículo.
Após o som permanecer por mais alguns dias, a vítima recebeu outro alerta em seu iPhone notificando-a sobre a presença de um AirTag desconhecido. Ao ser confrontado novamente, Magarin admitiu ter escondido o rastreador, mas alegou ter o removido.
O oficial, entretanto, seguiu sendo visto próximo de sua ex-namorada, que chegou, até mesmo, a considerar uma possível ordem de restrição. Magarin, por sua vez, respondeu com fotos de armas em seu Instagram e mensagens ameaçadoras.
A vítima finalmente dirigiu até a delegacia do Distrito Noroeste da Polícia de Miami-Dade após receber mais uma notificação em seu iPhone alertando sobre a presença do rastreador. Os policiais, então, encontraram o AirTag escondido no para-choque traseiro do veículo.
Magarin foi preso no dia 3 de junho após a Apple confirmar para as autoridades que o acessório era, de fato, oficial. Magarin deverá responder pelo crime de perseguição e uso ilegal de dispositivo de rastreamento.
Em um comunicado, seu advogado de defesa, Giancarlo Casanova, negou as acusações e classificou seu cliente como um “um oficial exemplar”.
via AppleInsider