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Apple é criticada por remover apps LGBTQ+ em 152 países

Bandeira LGBTQ+

Estamos em junho, mais conhecido como o mês do Orgulho LGBTQI+ e, assim como outras grandes empresas, a Apple tem trabalhado para dar mais voz e espaço para essa comunidade. Não foi à toa que a empresa doou US$1 milhão para centros de acolhimento LGBTQ+, produziu uma série sobre representatividade na TV e luta publicamente pela equidade de direitos.

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Mas, hoje, a Maçã está enfrentando duras críticas por remover aplicativos LGBTQ+ da App Store em 152 países — é o que diz um novo estudo do grupo americano Fight for the Future em parceria com o GreatFire, que mapeia a censura na China. De acordo com o documento, publicado hoje, as decisões da Apple nessa extensa lista de países “permitem a censura do governo de conteúdo LGBTQ+”.

Ainda segundo a pesquisa, há exatos 1.377 casos documentados de restrições em 152 regiões do mundo. E não apenas isso: pelo menos 50 aplicativos LGBTQ+, incluindo grande parte dos mais populares, estão atualmente indisponíveis em uma ou mais lojas.

Coincidentemente, as regiões onde o maior número de aplicativos está bloqueado bate com os países posicionados nas últimas colocações na lista de direitos humanos para a comunidade queer.

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O estudo foi destacado em uma reportagem do site Protocol e, dentre as descobertas, está que a App Store chinesa removeu 27 aplicativos LGBTQ+ a pedido do governo ou de forma preventiva. A Arábia Saudita, contudo, é a loja com o maior número de aplicativos indisponíveis, são 28, ao todo.

Benjamin Ismail, diretor de campanha e defesa da GreatFire e coordenador do projeto sobre a censura da Apple, disse ao Protocol que, embora a China seja conhecida pela censura generalizada, é surpreendente que o país proíba mais aplicativos LGBTQ+ na App Store do que países que, de fato, criminalizam a homossexualidade.

Ismail confirmou em sua entrevista que o estudo não contou os aplicativos que foram removidos por seus desenvolvedores. Ou seja, os apps foram, de fato, retirados do ar pela Apple.

Grindr e Scruff na mira da Apple?

Além disso tudo, há uma semana, nós comentamos uma atualização nas diretrizes da App Store. Dentre as alterações, há novas regras acerca de fraudes, pornografia, análises falsas e outros elementos que a Apple pretende evitar na sua loja.

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Uma mudança que chamou atenção, contudo, foi a regra 1.4.1. Agora, ela diz que apps de namoro que incluam pornografia ou facilitem a prática da prostituição poderão ser rejeitados. Por isso, muito se falou que apps como o Grindr e Scruff seriam eliminados da loja.

A Apple tratou de esclarecer a polêmica ao AppleInsider e disse que a mudança visa apenas aplicativos ilícitos que usam o namoro como disfarce. Além disso, ela ainda afirmou que tais apps de namoro têm estado legitimamente operando na App Store por anos e que não há proibição de preferências de namoro em suas políticas de análise.


Quanto à polêmica dos aplicativos que já foram removidos, o Protocol entrou em contato com a Apple, mas ainda não obteve resposta. Vamos ficar de olho e aguardar um posicionamento oficial da empresa! 🏳️‍🌈

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