Versões “sintéticas” de ações de grande empresas de tecnologia, como a Apple, a Tesla e a Amazon, começaram a ser negociadas em blockchains — juntando-se a um crescente número de ativos digitais, entre eles os tokens não fungíveis (Non-Fungible Token, ou NFTs).
De acordo com uma reportagem da Bloomberg, os ativos sintéticos são projetados para refletir os preços das ações reais — mas nenhuma negociação de ações reais está envolvida nesse processo.
Ao contrário das ações tradicionais, negociadas nas bolsas de valores, os ativos digitais conseguem evitar a burocracia e as regulamentações do mundo financeiro. Para os proponentes, essa é uma forma de negociar ativos semelhantes a ações sem nenhuma das restrições do mercado tradicional.
O volume real de negociação desses ativos, no entanto, ainda é muito baixo — as ações espelhadas na $AAPL
, por exemplo, têm uma capitalização de cerca de US$34 milhões, contra US$2,4 trilhões de acordo com o índice NASDAQ.
Em entrevista à Fortune, um especialista disse que, como essas ações não são regulamentadas, os órgãos de fiscalização podem querer barrar essa prática.
Uma vez que esses ativos sintéticos não são regulamentados e não são negociados em uma bolsa de valores nacional, eu acho que a SEC1U.S. Securities and Exchange Commission, ou Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. iria questioná-los. De acordo com a SEC, sua missão é proteger os investidores, manter mercados justos e facilitar a formação de capital. Isso soa como uma questão de proteção ao investidor para mim.
Para tentar impedir a prática, entretanto, os órgãos reguladores teriam que encerrar o código de software de código aberto que compõe essa rede — uma tarefa bastante difícil, já que ele é usado por uma base de usuários global que inclui muitos participantes anônimos.
Notas de rodapé
- 1U.S. Securities and Exchange Commission, ou Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.