Na semana passada, nós cobrimos o caso do Dr. Tommy Korn, um oftalmologista e especialista em inovação digital em saúde de San Diego (Califórnia), que disse usar um iPhone 13 Pro Max para observar e registrar detalhes importantes sobre a recuperação de pacientes.
Como já era esperado, a história viralizou e o site PetaPixel o procurou para entender melhor as as razões por trás do uso da câmera do iPhone no tratamento de seus pacientes. Vale o spoiler: Korn já usa os smartphones da Maçã há um bom tempo e, antes disso, ele tinha uma câmera DSLR (Digital Single Lens Reflex).
Segundo o Dr. Korn, o uso do iPhone não é realmente para diagnosticar seus pacientes, mas sim para acompanhar a evolução dos casos durante um período.
Digamos que você tenha uma doença ocular ou problema ocular e precise ver um médico e os veja seis meses depois e pergunte “Ei, como está isso em comparação com a última vez?” Você acha que o médico se lembra? Eles não conseguem se lembrar. Eles olham as anotações e as descrições verbais.
É por isso que os médicos fazem várias anotações e tiram diversas fotos, explica ele. Contudo, ainda que alguns comentários em sua publicação no LinkedIn o tenham encorajado a continuar usando uma câmera profissional, Korn insiste que os iPhones são bastante capazes de realizar a tarefa à qual ele os submete.
Estou usando [as câmeras do iPhone] para documentação. Tenho apenas informações suficientes para saber se [o caso] é sério ou não.
Antes de fazer uso das câmeras dos iPhones, o médico usou uma câmera profissional. No entanto, utilizar uma Nikon D800 com uma lente macro 105mm (f/2.8) estabelecia alguns percalços na hora de transferir as imagens da câmera para um computador e para os boletins médicos.
Com o tempo, ele percebeu que havia maneiras mais fáceis de fazer a mesma tarefa e começou a documentar os casos dos seus pacientes com um iPhone 6 Plus. Na época, ele usava o smartphone e um adaptador com uma lâmpada de fenda, específica para oftalmologia.
Dado o lançamento do iPhone 13 Pro, ele acredita que a qualidade das câmeras melhorou o suficiente para que ele não precise de adaptadores, nem da lâmpada específica — que, com o perdão da piada, custa “o olho da cara” — para tirar as imagens de que precisa.
Esta é uma câmera profissional que vem com um computador conectado a ela. Dito isso, eu uso esta câmera para documentar fotos de pacientes e anexá-las aos meus registros com apenas alguns toques.
Além de ser mais rápido e fácil de executar, ele acrescenta que há a vantagem de usar o AirDrop para fornecer as mesmas imagens ao iPhone do paciente, para que eles possam mostrar as fotos a outros médicos.
Por fim, o oftalmologista citou também a possibilidade de seus pacientes serem diagnosticados em casa, fazendo uma chamada de vídeo e pedindo para que mostrem seus olhos usando a câmera do iPhone.
“Posso então trazer as pessoas que realmente precisam ser atendidas pessoalmente, e aquelas que não tenham um caso urgente ainda podem receber atendimento conveniente em casa”, concluiu ele.
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