Após apresentar uma solução de abertura do chip NFC 1Near field communication, ou comunicação por campo de proximidade. dos iPhones para terceiros na União Europeia, a Apple está prestes a colocar um ponto final em uma investigação iniciada em 2019, em que os reguladores do bloco discutem as restrições e a limitação da tecnologia aos serviços da empresa, como o Apple Pay.
No ano passado, um ano após os investigadores da UE concluírem preliminarmente que a Maçã teria restringido o acesso do NFC em seus aparelhos para beneficiar sua própria carteira de pagamentos, a Apple propôs pela primeira vez a possibilidade de permitir a presença de outras carteiras digitais nos iPhones.
A aprovação da Lei dos Mercados Digitais (Digital Markets Act, ou DMA) aumentou ainda mais a pressão sobre a empresa, que anunciou oficialmente a abertura no início deste ano — embora sua proposta tenha sido criticada pelo Banco Central Europeu, o qual apontou falhas como a restrição do acesso ao Secure Element do NFC e a falta de suporte a transações offline.
Com a possibilidade de ser multada em até US$40 bilhões (cerca de 10% da sua receita anual) como resultado da investigação, a Maçã vem trabalhando em ajustes para obter conformidade com as regulações impostas pela Comissão Europeia — um trabalho que, segundo o Financial Times, parece ter sido finalmente concluído pela Maçã.
Segundo o veículo, três pessoas familiarizadas com o assunto afirmaram que os reguladores da UE concordaram com a aplicação de uma série de medidas com as quais a Apple se comprometeu em janeiro deste ano — as quais incluem, em primeiro lugar, o acesso gratuito à tecnologia de NFC dos iPhones por terceiros sem a necessidade de integração ao Apple Pay ou à Carteira (Wallet) da Maçã.
As medidas ainda estariam sendo testadas pelos reguladores de Bruxelas e deverão permanecer em vigor por pelo menos uma década, segundo o que a Apple teria prometido em sua proposta.
Notas de rodapé
- 1Near field communication, ou comunicação por campo de proximidade.