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Performance do Flash no iOS era “embaraçosa”, diz Forstall

Scott Forstall

Dando continuidade à saga de depoimento de executivos para o caso entre a Apple e a Epic Games, cujo julgamento ocorrerá na próxima semana, vamos conferir agora o que o ex-chefe de engenharia de software da Maçã, Scott Forstall, teve a dizer sobre os primeiros anos de App Store e do desenvolvimento do iPhone.

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Ainda ontem, vale lembrar, tivemos mais informações sobre a decisão da Apple de não levar o iMessage ao Android.

Flash no iOS

De acordo com Forstall, a Apple tentou trabalhar com a Adobe para levar o Flash pro iOS — e o resultado foi “embaraçoso”. O assunto surgiu quando o ex-executivo foi questionado sobre a integração de recursos de outras plataformas no iOS.

Não lançamos o Flash [no iOS]. Tentamos fazer o Flash funcionar. Ajudamos a Adobe. Definitivamente estávamos interessados. Mais uma vez, pensei que se pudéssemos ajudar a fazê-lo funcionar, seria ótimo.

Forstall não explicou quando a colaboração ocorreu, embora o falecido cofundador da Apple, Steve Jobs, tenha escrito uma carta, em 2010, afirmando publicamente que a Apple nunca teve intenção de levar o Flash ao iOS — pois a empresa acreditava (acertadamente) que o futuro era o HTML5 por seu melhor desempenho e eficiência.

App Store

Um dos principais tópicos do depoimento é, naturalmente, a App Store. Entre as informações fornecidas por Forstall, está a de que Jobs era um dos maiores oponentes a uma loja de aplicativos de terceiros no iPhone.

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Alguns executivos da Apple achavam que nunca deveríamos permitir que [desenvolvedores] terceiros fizessem qualquer aplicativo compilado de forma nativa.

Tiveram executivos os quais pensaram que deveríamos ter apenas aplicativos da web […] e outros que achavam que deveríamos ter um modelo híbrido de algumas tecnologias da web e algumas habilidades nativas.

Também havia executivos os quais achavam que deveríamos fornecer uma plataforma para permitir que terceiros criassem aplicativos totalmente nativos.

Forstall também forneceu detalhes sobre as primeiras decisões da Apple em torno do método de distribuição de apps.

Houve discussões sobre como poderíamos permitir que desenvolvedores distribuíssem seus aplicativos, sendo um deles a App Store e, o outro, distribuí-los diretamente como, digamos, as pessoas faziam no Windows.

Então, conversamos sobre os méritos e os perigos de distribuir de maneiras diferentes, dentro de uma empresa e depois fora dela.

Depois de passarmos pela discussão, acho que basicamente todos os executivos eram proponentes da App Store, já que nosso modelo era o melhor para proteger nossos clientes e obter ampla distribuição para os desenvolvedores.

Ainda sobre a App Store, o ex-executivo da Apple também comentou por que a empresa passou a permitir compras internas em apps:

Há uma série de razões pelas quais adicionamos o IAP [In-App-Purchase]. Era para tornar mais fácil para os desenvolvedores venderem produtos digitais.

Se você é um desenvolvedor de jogos e tem um nível extra que gostaria de vender, mas o cliente precisa inserir um cartão de crédito, isso pode ser um grande impedimento para o cliente comprar aquele nível extra; ao passo que, se apenas disser: “Ei, toque neste botão e, por 99 centavos, você ganha outro nível”, aquele usuário terá muito mais probabilidade de clicar nele. […] é uma grande vitória para o desenvolvedor ter um mecanismo fácil integrado para vender produtos dentro do aplicativo. Então esse foi o principal motivo pelo qual fizemos isso: para tornar muito mais fácil para os desenvolvedores ter outro fluxo de receita.

Jailbreak

Forstall abordou, ainda, os primeiros dias do iPhone OS (o iOS se chamava assim no seu lançamento) e a prática do jailbreak, a qual era muito mais comum naquela época:

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Eu diria que estávamos muito preocupados com as pessoas criando vírus ou malwares para iPhones e, portanto, qualquer atividade que eu visse que envolvesse jailbreak exigia uma resposta rápida. Estávamos vigilantes o tempo todo para proteger a segurança e a privacidade de usuários e seus iPhones.

Então, eu não via isso como uma coisa ruim que os desenvolvedores quisessem dedicar seu tempo, energia e vidas construindo algo legal para nossa plataforma. Se aquela coisa legal não fosse malware, um vírus ou algo problemático.

É possível visualizar os depoimentos completos aqui.

via 9to5Mac [1, 2]

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