Não faz muito tempo desde que comentamos a nova política de privacidade do WhatsApp, que concederá acesso aos dados de usuários ao Facebook. Inicialmente, ela entraria em vigor em fevereiro, mas, após muitas críticas, eles decidiram adiá-la para 15 de maio (ou seja, amanhã).
Mesmo recebendo duras críticas de órgãos da justiça e milhões de usuários, o WhatsApp tentou esclarecer o que estava em jogo e afirmou que quem não aceitasse não teria sua conta excluída. Contudo, gradualmente, os usuários perderiam acesso às principais funções do mensageiro (o que, na prática, é basicamente a mesma coisa).
Pois hoje, segundo apurou o G1, quem não aceitar a nova política poderá continuar usando o aplicativo sem restrições por pelo menos 90 dias.
O prazo foi acordado entre a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que na sexta-feira passada (7/5) fizeram recomendações ao mensageiro.
Em entrevista à GloboNews, a diretora da ANPD, Nairane Rabelo, afirmou que “esses 90 dias serão utilizados para que esses órgãos continuem a apurar toda a situação […] e nesse período não vai haver consequências para aqueles que ainda não aceitaram [os novos termos]”.
Nós precisamos entender melhor como vai ocorrer esse compartilhamento entre o WhatsApp e o Facebook, ou como já ocorre, se eventualmente ocorre. [Precisamos] de mais informações para a gente apurar o que deve ser feito.
O G1, contudo, procurou um posicionamento do WhatsApp sobre o prazo para o bloqueios de funcionalidades, mas não obteve respostas.