A organização Campaign for Accountability (CfA) registrou recentemente uma queixa junto à Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos contra a Apple. A queixa faz parte do Tech Transparency Project (TTP), e alega que os produtos da Maçã são produzidos com o uso de trabalho forçado.
A queixa se baseia Lei Tarifária de 1930, a qual “proíbe a importação de mercadorias extraídas, produzidas ou fabricadas, no todo ou em parte, em qualquer país estrangeiro por trabalho forçado ou escravo — incluindo trabalho infantil forçado”.
Fazendo uso de registros de remessa e documentações chinesas, a CfA afirma que os uniformes dos funcionários de varejo da Apple são produzidos pelo Grupo Esquel, usando trabalho forçado em Xinjiang.
Já a Lens Technology, fabricante de lentes e outros componentes de vidro para iPhones, foi acusada novamente de estar utilizando trabalhos forçados de milhares de empregados chineses e uigures nas províncias de Hunan e Jiangxi.
A CfA ainda cita outras fornecedoras da Apple ligadas a uso de trabalho forçado, e diz que a empresa não deseja ou é incapaz de admitir o problema e de realizar investigações básicas sobre suas fornecedoras. Segundo o grupo, as repetidas alegações da Apple de ter “investigado exaustivamente” seus parceiros com queixas de trabalho forçado são questionáveis.
Não se sabe ao certo no que a queixa da CfA irá realmente desencadear. Contudo, essa não é a primeira vez que a organização vai em cima da Apple por questões polêmicas. Há alguns meses, ela acusou a Maçã de lobbying agressivo para barrar regulamentações da App Store e de permitir fácil acesso a pornografia na loja.
via PCMag