As luzes de 2021 vão se apagando, mas antes de abandonarmos por completo o ano que passou, é hora de relembrarmos alguns dos produtos que a Apple deixou para trás ao longo das quatro últimas estações.
Vamos ao In Memoriam de Cupertino?
HomePod
A morte do HomePod original, anunciada em março último, foi possivelmente a mais surpreendente do ano. Tudo bem que o alto-falante já tinha quatro anos, mas esperava-se que ele recebesse um sucessor, e não a guilhotina.
É bem verdade que o HomePod nunca decolou, e seu preço inicial, de US$350, era considerado salgado — mesmo uma redução posterior, para US$300, não mudou muito o curso da vida do alto-falante. Além disso, ele nunca chegou a uma expansão realmente internacional, sendo vendido apenas em um punhado de países (Brasil, claro, não incluso).
Hoje, a família de alto-falantes da Apple é composta apenas pelo HomePod mini. Há rumores, ainda um tanto longínquos, de que o HomePod poderá ser ressuscitado em novos modelos com telas e câmeras, mas isso é uma perspectiva apenas para os anos que virão por aí.
iPhone XR
Outra despedida de 2021 foi a do iPhone XR, o primeiro smartphone que trouxe a “nova geração” da Apple (isto é, com notch e sem botão de Início) à faixa abaixo dos mil dólares. À época do seu lançamento, houve quem o chamasse de “flagship de entrada”, por manter muitas das especificações dos seus irmãos mais caros, os iPhones XS [Max].
Sua vida foi relativamente longa: lançado em outubro de 2018, o aparelho passou três anos à venda, em faixas cada vez menores de preço. Seus sucessores — iPhone 11, 12, 13 — mantiveram a tradição das especificações quase topo-de-linha por um preço mais amigável, felizmente. Vida longa ao XR, portanto!
iPhone 12 Pro [Max]
Seguindo a esteira inevitável dos iPhones, os modelos 12 Pro e 12 Pro Max também foram extintos com a chegada da nova linha. Seus irmãos mais baratos, o iPhone 12 e o 12 mini, continuam vivos, vendidos numa faixa de preço mais barata.
Os iPhones 12 Pro [Max] merecem ser celebrados especialmente por seus avanços no universo das câmeras, pela chegada do scanner LiDAR e pelo 5G — por outro lado, eles fazem parte da inglória geração que inaugurou a tendência dos smartphones sem carregador na caixa. Um legado… misto, portanto.
iMac Pro
Quem também caiu no passaralho da Apple em 2021 foi o iMac Pro, o modelo mais avançado (até o momento, pelo menos) entre os desktops tudo-em-um da Apple.
Seu poder de fogo foi de fato elogiadíssimo pelos pouco mais de dois anos da sua existência, mas era hora da evolução: ainda equipado com chips Intel, o iMac Pro saiu de cena para dar lugar ao iMac de 24 polegadas com chip M1. Obviamente, a linha de desktops da Apple não parará por aí: já há rumores de que o iMac Pro será ressuscitado com chips M1 Pro/Max (ou mesmo um suposto “M1 Max Duo”). Aguardemos.
Acessórios na cor cinza espacial
Uma baixa relacionada à morte do iMac Pro foi o fim dos acessórios — Magic Keyboard, Magic Mouse e Magic Trackpad — na cor cinza espacial.
Inicialmente disponíveis apenas com o próprio computador, os periféricos posteriormente passaram a ser vendidos de forma avulsa, mas tiveram suas vendas encerradas pouco tempo após a morte do desktop. Pelos comentários gerais, eles deixaram saudade. Concordam?
Apple Watch Series 6
A receita já é certa há alguns anos: um novo modelo do Apple Watch desponta no horizonte, e o seu antecessor imediato é descontinuado — ao contrário do highlander Apple Watch Series 3, que continua à venda como modelo de entrada. Em 2021, foi a vez do Apple Watch Series 6 de sair da vida para entrar para a história.
A esse ponto, as atualizações do Apple Watch são basicamente incrementais, então é difícil dizer se o Series 6 deixará uma marca específica no curso do tempo. Ainda assim, recursos como o oxímetro e a Tela Sempre Ativa são adições muito bem-vindas ao catálogo de atrativos do relógio da Maçã.
Por fim, também não esqueçamos da Beats, subsidiária da Maçã, que descontinuou três dos seus fones em 2021: o Powerbeats, o Solo Pro e o EP.
E aí, o que vai deixar mais saudade para você?