A Anthropic anunciou hoje a nova geração dos seus modelos de IA, a linha Claude 4, com destaque para o Opus 4 e o Sonnet 4. Eles chegam com promessas de grandes avanços em codificação, raciocínio e desempenho em tarefas longas e complexas.
De acordo com a empresa, esses modelos marcam um passo importante para transformar a inteligência artificial de uma simples assistente de respostas rápidas em uma parceira real para projetos que duram horas.
Esses são os melhores modelos de codificação do mundo. O Opus 4 consegue lidar com tarefas complexas por horas a fio — uma equipe o utilizou por 7 horas seguidas para refatorar código.
Chega de decisões difíceis entre uma coisa ou outra para fundadores. Mal podemos esperar para ver o que você vai construir!
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O Claude Opus 4 é o carro-chefe da linha e foi testado em um projeto de refatoração de código aberto na Rakuten, e, de acordo com a empresa, conseguiu manter o foco por quase sete horas seguidas.
A Anthropic também afirma que o Opus 4 atingiu 72,5% no benchmark SWE-bench, voltado para engenharia de software — superando o GPT-4.1 da OpenAI, que obteve 54,6% em seu lançamento. Eles estão chamando o Opus 4 de “o melhor modelo de codificação do mundo”.
Já o Claude Sonnet 4, que é uma versão mais acessível e otimizada para eficiência, é uma evolução do Sonnet 3.7. Ele traz melhorias em codificação, matemática e seguimento de instruções.
Ambos os modelos usam uma arquitetura híbrida que equilibra respostas rápidas para perguntas simples com raciocínio mais profundo para problemas complexos.
Eles também vêm com recursos integrados para utilizar ferramentas externas, pesquisar e raciocinar ao mesmo tempo, além de uma memória aprimorada que mantém o contexto em conversas longas com acesso a arquivos locais.
A briga dos modelos de IA só esquenta…
Esse lançamento acontece em meio a um cenário de mudanças rápidas no setor. Neste ano, houve uma clara movimentação em direção aos chamados “modelos de raciocínio”, com empresas como OpenAI, Google e DeepSeek apostando em IAs mais metódicas na resolução de problemas.
Um relatório da Poe mostra que o uso desse tipo de modelo quintuplicou em apenas quatro meses, saltando de 2% para 10% das interações com IA. Por isso, a Anthropic também apresentou novos recursos para desenvolvedores, como uma ferramenta de execução de código, API 1Application programming interface, ou interface de programação de aplicações. de Arquivos, cache de prompts e conector MCP.
A ferramenta de linha de comando agentiva Claude Code agora está disponível para o público e já conta com integração ao VS Code, JetBrains e GitHub Actions. O GitHub, inclusive, vai usar o Claude Sonnet 4 como base para um novo agente de codificação no GitHub Copilot.
Mais poder, mais responsabilidade (e dor de cabeça)
Apesar dos avanços, a empresa disse reconhecer desafios, especialmente no que diz respeito à transparência. Um estudo publicado em abril revelou que o Claude 3.7 Sonnet só citava as dicas que usava para resolver problemas em 25% dos casos.
Em resposta, a Anthropic disse que o Opus 4 vem com mecanismos de segurança mais rígidos, incluindo detectores aprimorados de conteúdo sensível.
Testes internos apontaram que o novo modelo pode aumentar a capacidade de profissionais de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) de acessar ou produzir materiais delicados, o que levou à classificação do modelo como “ASL-3”.
O Claude Opus 4 será oferecido para usuários pagos e estará disponível via API, Amazon Bedrock e Google Cloud (Vertex AI), com preços de US$15 por milhão de tokens de entrada e US$75 por milhão de tokens de saída.
Já o Claude Sonnet 4 poderá ser acessado tanto por usuários gratuitos quanto pagos, também via API, custando US$3 por milhão de tokens de entrada e US$15 por milhão de tokens de saída.
Apoiada por gigantes como Amazon e Google, a Anthropic informou que sua receita anualizada chegou a US$2 bilhões no primeiro trimestre deste ano e que garantiu uma linha de crédito rotativo de US$2,5 bilhões por cinco anos.
Notas de rodapé
- 1Application programming interface, ou interface de programação de aplicações.
